Aos oito anos de idade comecei a estudar num colégio de freiras e eu admirava muito elas. Com 14 anos de idade eu já estava usando o hábito, como noviça.Lá no convento, aprendíamos tudo sobre a vida dos santos. Eu gostava muito de ser considerada esposa de Cristo, mas; dele, nada aprendíamos.Eu conhecia a vida de tantos santos e não conhecia a vida do meu esposo.Isto eu não entendia. E, passado um tempo tudo começou a ser terrível ali no convento.Eu estava sentada numa pedra, na gruta de Lurdese ouvi uma voz a me chamar como se fosse uma amiga.Quando me virei, a imagem da santa estendia suas mãos para mim repetindo ´Dalva, vem a mim´. Saí dali aterrorizada e corri para a madre superiora que tentava me convencer que eu havia tido uma ilusão. A leitura da Bíblia não era recomendada pois a madre superiora nos ensinava que ela era sagrada e, por isso, deveria ser lida apenas pelos padres.E criei em mim uma curiosidade muito grande de saber o que havia nela. Certa vez, na missa de sexta feira da paixão, perguntei ao padre, capelão do convento, sobre o conteúdo da bíblia e por que aquela missa demorava tanto: começava às 21 e terminava à uma da madrugada. Ele nos dizia que procurava o aleluia na Bíblia.Ele dizia que era uma gota do sangue de Jesus que mudava de página em página eque teria de ler enquanto essa gota não mostrasse o aleluia. Se o aleluia não fosse encontrado, o mundo acabaria. E nós ficávamos com medo e rezávamos muito para que o aleluia fosse achado e o mundo não acabaria.